sexta-feira, 21 de agosto de 2009


Hi Little Rockers,
Domingo que vem encerramos nossa temporada de inverno no Lounge 69. A partir do fim desse mês, o clube entra em reforma pra dar uma repaginada em suas dependências e nós saímos de férias por aí. Portanto, não deixe de dar uma passadinha pra dizer bon voyage!
Sendo esta a nossa última dança, preparamos uma saideira que deve ficar na memória, com dois convidados bem especiais.
Lembrando o viajante Raul Seixas, que esta semana completa 20 anos longe de nós (ou 11,37 anos-luz à bordo de seu Plunct Plact Zum), o Rockinho tem o prazer de apresentar a DJ Vivi Seixas, a herdeira do DNA mais maluco-beleza do Brasil, para roquenrrourizar a nossa festa - como o próprio Raul gostava de dizer.
Para nós será uma humilde homenagem à um artista que soube entender e apreciar, ao mesmo tempo, Muddy Waters, Bo Diddley e Luiz Gonzaga. E, a partir daí, praticamente inaugurou o rock no Brasil. Para Vivi, é hora de levar a diversão à sério e honrar o nome da família com muitos bons rockinhos, não tenha dúvida! Ela está bastante animada com a responsabilidade e promete surpreender a pista.
Agora que falamos da bela, apresentemos então a fera: senhoras e senhores, com vocês, o fausto, o menestrel de preto, a voz dos submundos de Copacabana, das putas que choram com dor de amor, dos gringos golpistas e dos turistas golpeados, das gostosas suadas naquelas academias enferrujadas da Barata Ribeiro, da ninfeta sedutora que atravessa a Nossa Senhora correndo com o cachorrinho no colo e também do garoto que sobe, bermuda de praia e all star branco, o pavão atrás de diversão. Senhoras e senhores, o Rockinho entrega à vocês, nosso exocet carioca, Fausto Fawcett. Até domingo!

Lounge 69
Esquina de Farme com Prudente
Domingo 23 de agosto
A partir das 19:00
EntradaR$50
Reply para lista amiga R$25
LEVE ID POR FAVOR

sábado, 15 de agosto de 2009

Findesemana no parque

Este finde não tem Rockinho mas, pra compensar a falta que faz nossa festa na sua semana, tem Little Joy (sexta) na Fundição e Friendly Fires (no sábado), no Circo. Vai ter gente acordando debaixo dos Arcos, no domingo...



Not shabby


Ps. Amanhã no Circo, meia entrada para estudantes, 60 reais (levando 1k de alimento ou um livro) - carteirinha falsificada sujeita à porrada no portador (melhor usar só no cinemark).


***

Em breve, um post decente em homenagem à essa que é a mais barulhenta de todas as tendas do Brasil, o Circo Voador. E uma semi-entrevista com o homem por trás desse picadeiro do underground, Alexande Rossi, nosso Rolinha.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Woodstock faz 40!

E para celebrar a chegada da "idade do lobo" do maior festival de todos os tempos, nosso repórter se mandou pra Bethel, NY. Fomos ver como anda a vida na pacata cidadezinha mais famosa (?) do mundo.


Bobbi e Nick Ercoline (não me pergunte quem é um e quem é o outro) em foto-símbolo do festival.



- Por Jack Rotten

Nossa história se inicia no pequeno condado de Nova York, mais precisamente em Bethel, ao norte da grande cidade-maçã (e bem longe da Radio Shack da Madison Avenue, que vende tudo baratinho e com nota bem abaixo do preço). Fazer o quê? Trabalho é trabalho, voltamos depois...


***


Chego ao nosso destino por volta do meio-dia. Aparentemente, trata-se de mais uma pequena cidade americana do interior, com mulheres gordas aos montes.


Mal começo minha reportagem e, logo de cara (no bom sentido), aquela velha máxima de que 'o primeiro festival a gente nunca esquece' é sumariamente desmentida pelo hippie sexagenário à minha frente: "Se você se lembra de Woodstock é porque, certamente, não esteve lá, dude!" - peroliza o grisalho cabeludo, mostrando extrema lucidez e uma lógica tão torta quanto bacana.


Woodstock está para o Rock dos anos 70 assim como a criação do Sambódromo está para a Beija-Flor de Joãozinho Trinta. Difícil pensar num sem o outro.



Hoje trasformado em ícone do design gráfico, este era o poster oficial da bagunça. A mensagem foi tão bem sucedida, que compareceram 450.000 pessoas a mais do que o esperado.


Foi no longínquo ano de 69, nos dias 14, 15 e 16 de Agosto, que milhares de pessoas, na sua maioria, jovens integrantes do movimento flower-power (o poder da flor, que bizarro!) se reuniram aqui, em uma fazenda de leite, em Bethel, upstate de Nova York, para ouvir os maiores artistas de uma geração tocando um atrás do outro em um palco tão simples que até o do Canecão é melhor.


O som só chegava pro pessoal das quatro primeiras filas, então, o resto da galera (praticamente todo mundo, na verdade) resolveu que ia tomar todas - isso pra não perder a viagem. Tanto a que levava até lá, depois dos três dias de Kombi, quanto a outra que levava pra bem longe, claro.


A partir daí, liberou geral o consumo de maconha, haxixe, ácido e também muito LSD. A coisa pegou fogo (em todos os sentidos) e virou um grande ninguém-é-de-ninguém, o que certamente esclarece e justifica o grande número de americanos chamados Wood, hoje na casa dos 40 anos.



Momento símbolo da pluralidade do festival: desconfoto de uns, êxtase de outros. Não precisa ser gênio pra entender o porque das caretas ao redor deste hippão. Nascia a idéia de que "se não é hippie, então é careta".


Passaram pela histórica fazenda, os grandes mitos da música rock'n'roll, como Santana, Greatful Dead e Cheech and Chong. Gente que estava começando, como a elsalvadorenha Joan Baez, também foi elevada à categoria de cult. E quem já vinha no embalo se estragando como o Hendrix e a Janis Joplin... bem, esses se estragaram de vez (a menina Janis precisou de muita ajuda pra entrar no palco e o outro terminou a apresentação tacando fogo na guitarra).


Jimmy Hendrix, aliás, virou um dos maiores ícones daquele get-together lisérgico-rural e é clássica a imagem do revolucionário guitarrista afro-descendente, solando em transe o hino dos Estados Unidos. Isso em plena ofensiva americana na guerra do Vietnã. Vale mil palavras - procure no youtube, porque eu não vou escrever tanto assim.


Hoje, a cidadezinha do Woodstock é quase uma Saquarema, com bastante gente normal e uns malucos tipo Sergei aqui e ali. Sua economia sobrevive de merchandise e, também, de gorgetas que os velhinhos hippies recebem em cada esquina. É gente que chegou em 69, naquele histórico fim de semana, e (óbvio que isso iria acontecer) se esqueceu de voltar pra casa.



Não parece, mas eles estão prestes a se tornarem órfãos. Esse carinho todo é puro LSD, não se enganem.

Descobri também, uma geração mais nova de woodstockers que fizeram a vida ali, depois de se perderem dos pais, muito doidos, durante o festival. Meninos e meninas, hoje trabalhadores, que começaram a vida em Bethel, literalmente na lama e sem nem a roupa do corpo! Deixados pra trás como uns Moglis do movimento hippie, eles venceram o frio, a fome e a música country e hoje são todos garçons de muito sucesso.


Sempre atenciosos e educados - como pude constatar durante o almoço da nossa equipe - eles só perdem o sorriso quando dobram uma esquina e encontram um velhinho com seu violão cantando Foxy Lady, Mercedes Benz, e outras pérolas do cancioneiro peace and love.


É mais que um choque de gerações - é trauma mesmo.


***


Após esse encontro, já certo de que havia feito meu melhor trabalho investigativo e conseguido material suficiente para uma excelente reportagem, dispensei a tradicional visita ao museu de Woodstock (óbvio demais) e parti pra farra, ou melhor, pra Radio Shack.


Eu estava "absurdamente equivocado" (nas palavras de meu editor-chefe) e, hoje, estou em situação bastante delicada aqui na redação do Rockinho. Portanto, agradeço imensamente à todos que postarem comentários de apoio ao meu jornalismo.


Ps.A quem interessar possa, estou com dois Iphones a preços bastante módicos. Tem Playstation 3 também.


(JR)



Como forma de retribuir o carinho do povo local, e gerar renda para a comunidade, comprei esse tênis-merchan super cheguei. Tá se usando muito...


***

Guitar Hero



Little rockers de todo mundo, um minuto de barulho por favor. Fez a passagem para o outro lado, nesta quinta-feira, Mr. Lester William Polsfuss, ou simplesmente Les Paul - para quem gosta de música.


Nascido no estado americano de Wisconsin (que até hoje, pensávamos, só havia nos dado o excelente 'That 70's Show'), Les foi o Thomas Edison do rock and roll.


Enquanto o Thomas quebrava a cabeça para melhorar a vida dos que estão em casa (além da lâmpada, poucos sabem que foi ele quem inventou o toca-discos - ignorância de gente que acha que viver no claro é mais importante que ouvir um bom disco) o nosso Les passava as noites tentando dar vida àquele pedaço de pau e cordas chamado violão, e, quem sabe, revolucionar a vida de todos que saem pra ver um bom show.


Desde sempre um afccionado por eletricidade, assim como seu conterrâneo Edison e, também, o Dr. Frankenstein, foi somente no inverno de 1941 que ele, depois de tomar muito choque nos captadores, finalmente pôde olhar para o céu e dizer "It's alive!".


Já sentindo o cheiro do sucesso (e mostrando suas habilidades como bom marketing man), Les, puxou o Pol do último nome, deu uma pequena americanizada (naquela época nome estranho era coisa de gente má e nazista) e, pronto, nascia o primeiro godfather do Rock - Les Paul, o inventor da guitarra elétrica.

Onze anos depois, ele assinaria um contrato com a pioneira Gibson para a fabricação das primeiras (e historicas) Gibson Les Paul.


1991 Gibson Custom Shop Les Paul Custom with Super 400 inlays

Les achou que ainda era pouco. E quando muitos pensavam que ele viveria de louros, na maciota, tocando sua guitarra elétrica num rancho com seis suítes e vista pro lago, em Wisconsin, ele me aparece com outra maravilha da natureza: a mesa de som. Para um mundo de queixo caído, e já aos seus pés, ele apresenta então o multitrack recording, onde vários canais desembocam numa só gravação. Uma beleza!

Essas duas invenções/revoluções colocam o nome Les Paul de vez na história da música, para todo o sempre.

Difícil acreditar que depois de ajudar o mundo a fazer tanto barulho, Les agora vai ficar em silêncio. Mais fácil imaginar ele sendo recebido lá em cima pelo John Lennon ou lá embaixo pelo Kurt Cobain...

Qualquer que seja o seu destino, deve ter show hoje à noite, por lá.


R.I.P. Les Paul (1915 - 2009)

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Ontem à noite


Bloody sunday



Davi e um brinquedinho chamado kaos pad



vai?



Doble Anna




1,2,3 little rockers




E o que será...

das nossas meninas...

...se essa maldita lei paulista chegar aqui?



Guti san não gostou da idéia



Diogo mostra que sabe toda a letra de alguma música, Penna espera o refrão




E a menina, que muita gente quis ajudar, consertou tudo sozinha






O Rockinho aproveita a camiseta subversiva do amigo pra dizer que é contra um Estado que proíbe festas.





Um dia eles podem querer proibir isso, já pensou?



Rodrigo (pensando) com seus botões




...?


!!



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quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Alegria, alegria...




Chegou nosso dia!


Bom, na verdade, chegou nosso deadline, mas vamos deixar assim mesmo que fica menos burocrático...


Domingo que vem, o Rockinho recebe nosso querido amigo e grande guitarrista Davi Moraes para fazer aquilo que ele sabe menos: tocar discos. Sendo assim, como dj convidado, ele deverá usar todos os seus dotes musicais, herdados e adquiridos ao longo de anos de palco e de festa, exclusivamente na seleção de bons rockinhos.


Vale dizer que, como o seu propósito será o mesmo de sempre (fazer todo mundo sorrir e dançar, claro), estamos todos aqui no Rockinho muito entusiasmados com esse 'desafio', prontamente aceito pelo Davi. Principalmente, por saber que os sorrisos ele já ganha de graça, então já é meio caminho andado...


Dando sequência à nossa festa, para engrossar ainda mais o mel dessa noite, a gente vai misturar nossa prata da casa. Apresentamos, fazendo seu tão aguardado grand début na cabine do Rockinho, o Homem-Baile himself, Rodrigo Penna.


a) should I stay
b) or should I go


R>O>C>K>I>N>H>O
@ Lounge 69

Esquina de Farme com Prudente
Domingo, 9 de agosto a partir das 19:00

Entrada R$50
Reply para lista amiga R$25

LEVE ID POR FAVOR

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Ps. Sheena is a pink rocker e se chama Evelyn, vale o registro e o crédito.

Fotos e arte: Guilherme Portela